Trifloxistrobina

A trifloxisstrobina pertence à classe da estrobilurina (Grupo FRAC 11) e opera por ligação ao local Qo do citocromo b nas mitocôndrias fúngicas, bloqueando a respiração celular. Este modo de ação fornece um controle excepcional contra uma ampla gama de patógenos ascomiceto e basidiomiceto, incluindo mofo em pó, ferrugem e doenças de manchas das folhas.

Embora seja principalmente um fungicida protetor, a trifloxisstrobina oferece atividade curativa limitada quando aplicada dentro de 24 a 48 horas do início da infecção. Suas propriedades sistêmicas lhe permitem parar de desenvolver infecções em estágios iniciais, mas não pode reverter danos significativos nos tecidos uma vez que os sintomas se tornam visíveis.

Cereais (trigo, cevada), culturas de frutas (maçãs, uvas, bananas), legumes (cucurbits, tomates) e gramas de relva derivam benefícios significativos das aplicações de trifloxistrobina. Em cereais, não só controla doenças como septoria e ferrugem, mas também aumenta a eficiência fisiológica através de seus efeitos na saúde das plantas.

Além do controle da doença, a trifloxisstrobina melhora a eficiência fotossintética, reduz a produção de etileno e aumenta a atividade da nitrato reductase. Estes efeitos fisiológicos muitas vezes resultam em folhagem mais verde, melhorada tolerância ao estresse e aumentos de rendimento de 5-15% além do que seria esperado do controle da doença sozinho.

Devido ao alto risco de resistência (ação em um único local), a trifloxisstrobina deve sempre ser usada em mistura com fungicidas de diferentes grupos FRAC (por exemplo, triazoles, SDHIs). A frequência de aplicação deve ser limitada a 2-3 vezes por temporada, alternando com modos de ação completamente diferentes para manter a eficácia a longo prazo.